Não leia sozinho...

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sábado, 3 de abril de 2010

Do ponto de vista

Duas paredes e o teto, não posso ver o final nem de onde comecei, caminho vagarosamente por esse chão áspero e frio que me induz a imaginar estar no inferno, porem de uma maneira diferente, não posso sentir calor, apenas o frio silêncio que me alenta, e que é o único habitante alem de mim e meus ruídos inúteis.
        
         Tenho medo, não da dor ou de me perder, tenho medo de continuar assim, invisível e impalpável, existindo, mas ninguém sabe. Quero buscar o motivo de eu ter me tornado esse imã bipolar que insiste em se atrair para dentro de mim mesmo.
            Não agüento mais essa sensação de andar em vão, quero encontrar algo que me possa confortar e me fazer seguir em frente. A ampulheta da vida esta virada, e a areia corre rapidamente pela lacuna, mas eu vou em frente, vou lutar pela minha vida meu único patrimônio nesse momento.
         Mesmo que minha vida tenha se tornado uma mentira, indiscutível apenas para quem não vê pessoas apenas fantasmas vivos, a areia ainda não terminou de cair e ainda existe esperança.
A luz começa a se incendiar e em fim vejo o caminho o caminho, a nevoa se dissolve e nada mais e impermeável a minha luz.
Acordei.
 

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Os sete pecados capitais



Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas a lista só se tornou "oficial" na Igreja Católica no século 13, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo São Tomás de Aquino que definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, avareza, luxúria, ira, preguiça, vaidade e inveja.




O termo "capital" deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as "líderes" de todas as outras.




A Igreja até tentou oferecer soluções para os pecados capitais, criando uma lista de sete virtudes fundamentais - temperança, generosidade, castidade, paciência, disciplina, humildade e caridade, mas os pecados acabaram ficando mais famosos. Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o conceito de pecado em suas doutrinas, mas os sete pecados capitais são exclusivos do catolicismo.








Gula

Gula é o desejo insaciável, além do necessário, por comida, bebida ou intoxicantes. Representa a voracidade e a compulsão de quem quer sempre mais. O "guloso" engole, mas não digeri. Busca constantemente novas sensações para suprir a carência e preencher a eterna sensação de vazio.









Avareza


É o medo de perder algo que possui. Uma pessoa avarenta tem dificuldade de abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca, tem cuidado com seus pertences como uma pessoa egoísta. Prefere abrir mão do que tem menos valor e preservar o que é mais valioso. Acha que perder algo pode ser um desastre. É o apego excessivo. Ocorre por uma noção errônea da realidade ao enxergar a vida sob a lógica da escassez. O medo de perder torna o avaro retentivo e faz dele prisioneiro das suas próprias convicções, pois, ao não abrir mão delas, não se permite vivenciar a abundância existente na "energia da troca".







Luxúria


A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. É a deturpação da sensualidade. A luxúria leva ao culto dos prazeres do corpo, situação percebida através da ditadura da estética e no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes, sexualidade extrema, lascívia e sensualidade.







Ira


Ira é um intenso sentimento de raiva, ódio, rancor, um conjunto de fortes emoções e vontade de agressão geralmente derivada de causas acumuladas ou traumas. Pode ser visto como uma cólera e um sentimento de vingança, ou seja, uma vontade frequentemente tida como incontrolável dirigida a uma ou mais pessoas por qualquer tipo de ofensa ou insulto. Normalmente surge do medo, contrariedade ou inconformidade com as situações apresentadas, gerando um desequilíbrio emocional que faz com que a reação aos fatos ocorra de forma desproporcional.







Preguiça


A preguiça pode ser interpretada também como aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade, lentidão, pachorra, moleza, dentre outros. O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. De modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços. É o estado de menosprezo à vida. Atitude de indolência que faz com que as pessoas usem da astúcia para desqualificar os fatos e desprezar suas conseqüências. O preguiçoso tudo procrastina, fortalecendo, assim, a cultura da "arte de preservar o ontem".







Vaidade


Vaidade é e será o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada. Mostra com extravagância seus pontos positivos e esconde seus pontos negativos. A vaidade é mais utilizada hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa. A imagem de uma pessoa vaidosa estará geralmente em frente a um espelho, a exemplo de Narciso. Uma pessoa vaidosa pode ser gananciosa, por querer obter algo valioso, mas é só para causar inveja nos outros. O que pelas lentes de alguns é asseio, ou glamour, ou fantasia, ou amor ao belo, ou elevação da auto-estima, pelas lentes de outros pode ser (parecer) vaidade.


A Vaidade (também chamada de Orgulho ou Soberba) é considerada o mais grave dos pecados capitais. É também as expectativas que as pessoas venham preencher as nossas necessidades. É sempre querer parecer alguma coisa , para ter uma resposta positiva dos outros.








Inveja


Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Não é necessariamente associada a um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação a outra. Pode ser percebida pelo desgosto com o sucesso do outro. Geralmente, o invejoso sofre o mal do auto-repúdio. A descrença de si mesmo gera um estado de aprisionamento nas próprias misérias.



Histórias e causos do Barão de Aquiraz

Envolto em lendas, o casarão do Barão de Aquiraz sofre com falta de conservação








Gonçalo Baptista Vieira (1819 - 1896) foi um homem marcado pelas contradições do tempo em que viveu. Grande senhor de terras, foi uma das lideranças políticas do Ceará monarquista; opositor da república, era simpatizante dos abolicionistas; investiu em ferrovias que cortavam o Estado; e recebeu de Dom Pedro II o título de Barão de Aquiraz.






Mais de 100 anos após a sua morte, o Barão de Aquiraz é uma figura pouco conhecida na História do Ceará. Em Assaré, município onde manteve uma fazenda, é lembrado como um personagem bem distinta daquela que os historiadores esboçam. De líder político e empreendedor, o Barão se converteu em personagem fantástico no imaginário do povo.






Apesar da falta de conservação e do desgaste natural, o casarão da fazenda que pertenceu ao Barão de Aquiraz, na localidade de Infincado, alimenta as histórias em torno de seu antigo dono. Histórias de assombração, de fortunas enterradas, protegidas por artifícios mágicos, além de “causos” a respeito da própria crueldade do velho Barão. Na cidade, a casa grande do Barão de Aquiraz e os causos são bastante conhecidos. No entanto, um número muito pequeno teve a oportunidade de vê-la de perto. “Ela fica muito longe. A estrada pra lá é ruim, além de não ter nada. É só mato”, conta o comerciante João Palácio.






O real e o fantástico






A localidade de Infincado fica em Genezaré, distrito de Assaré, distante 24 km da sede do município. O terreno acidentado, da estrada carroçável, estende o tempo de viagem, chegando a duas horas de carro. Quando se chega em Genezaré, é preciso atravessar a área povoada, com casas, praça e capela própria. Segue-se outros 10 km até chegar ao casarão.






Casa e personagem são protagonistas e coadjuvantes de histórias fantásticas. O cenário é mesmo, mas mudam os tempos - indo de causos de quando o Barão de Aquiraz era vivo ao tempo presente, quando este sobrevive como vestígio.






Douglas Nogueira e Erisberto Gonçalves, da Associação de Jovens de Genezaré, pesquisaram sobre a história da casa e colecionaram causos. No campo da história, os dois jovens falam de um rico senhor de terras, que em seu auge financeiro, teve propriedades em Campo Sales, Potengi, Araripe e para além dos limites do Estado, em Pernambuco e no Piauí. Construído em meados do século XIX (não há uma data precisa de sua fundação), o casarão é robusto, com 72 portas, com paredes largas e estruturas em cedro. Foi erguida pelos escravos da propriedade, que moldavam as telhas nas próprias pernas.






No campo do imaginário, mantido por narrativas que passam de geração à geração, o lugar foi palco de cenas de crueldade. “Os moradores mais antigos de Genezaré contam que o Barão era um homem muito perverso. Certa vez teria feito um escravo carregar uma pedra enorme, de um córrego há quilômetros da casa. Quando ele chegou lá, caiu morto, com a pedra por cima”, conta Douglas Nogueira.






O temperamento cruel do fazendeiro reaparece quando se conta dos escravos que mandou matar. “Era um casal de negros, que tinham um caso. O Barão, que era apaixonado por ela, ficou louco quando soube e pôs fim a vida deles. Depois disso, o povo conta, que ele passou a ser assombrado pela alma dos escravos. Ouvia correntes sendo arrastadas, as redes da casa eram sacudidas. Ainda hoje tem quem diga que você ouve essas correntes à noite”, narra Erisberto Gonçalves.






Curioso a descrição da crueldade do Barão para com seus escravos. A história o registrou como simpatizante do abolicionismo. Em março de 1883, antes da abolição da escravidão no Ceará, o proprietário teria dado a carta de liberdade para seus cativos.






O descompasso entre a história oficial e aquela que a tradição oral mantém viva. Não há necessidade de comprovação, mas do funcionamento de uma narrativa, que acaba por reproduzir o imaginário e os valores de uma comunidade.






Caso emblemático é o de uma narrativa sobre a morte do Barão de Aquiraz. É Douglas Nogueira quem a reproduz: “quando ele morreu, o corpo saiu da sede da fazendo, em cortejo, com familiares e escravos da propriedade. No meio do caminho, a família encontrou dois escravos, que pediram para carregar a rede, sob ordem do cemitério. Eles partiram na frente e a família os perdeu de vista, quando encontrou foi só a rede e as madeiras. Nenhum sinal do corpo ou dos homens que iam carregando ele”. A história contradiz o que ficou registrado nos documentos do morto. Falecido em 1896, já não existiam escravos à época; e o Barão de Aquiraz morreu em sua propriedade na Capital, precisamente onde hoje se encontra o Cine São Luiz.






Outras histórias dão conta de aparições do fantasma do Barão, que indicaria onde estão escondidas botijas, dentro e fora da casa. Estas seriam protegidas por uma cobra, que ameaça devorar quem escavar no lugar errado.






Restauro






O estado físico da casa inspira preocupação. Ainda que careça do refinamento de outras construções da época, o casarão de Infincado ajuda a reconstituir o cotidiano de outros tempos. Basta observar o quarto usado como oficina de tear, o suporte para candeias e o piso, de terra batida em alguns cômodos, de tijolos, em outros.






De acordo com Marcos Salmo, secretário de Cultura de Assaré, a prefeitura tem planos para restaurar a casa. “Já tivemos conversas com a Secretaria da Cultura do Estado, para agendar um visita e fazer o levantamento técnico da construção”, explica.






A idéia é que este trabalho seja feito em Abril. “Inicialmente, vamos fazer um levantamento para fazer tombamento por lei municipal e, posteriormente, trabalhar na captação de recurso para fazer restauro”, detalha o secretário do município. Salmo garante que os cuidados com patrimônio material e imaterial são prioridades da secretaria.
 


 
 
Fonte:  http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=620600

Tortura na Prisão de Abu Ghraib (Iraque)

A invasão do Iraque pelos Estados Unidos foi marcada no início de 2004 por notícias de torturas inflingidas aos prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib em Bagdade, por parte das tropas Norte-americanas. A opinião pública mundial ficou chocada quando foram divulgadas fotos de prisioneiros a serem humilhados e a sofrerem várias formas de tortura física e psicológica.


Desde cães utilizados para aterrorizar os prisioneiros, mulheres obrigadas a despirem-se em frente aos guardas e grupos de presos obrigados a posar nus e a práticas sexuais em grupo.








Há documentos que registam: guardas a urinar nos presos, a saltar e a pontapear uma fractura exposta de um prisioneiro de modo a que esta não curou devidamente, guardas a sodomizar detidos com bastões e iraquianos amarrados com cordas a serem arrastados pelo chão.





Hashem Muhsen, um dos presos da pirâmide humana ao lado contou aos jornalistas como foi obrigado e despir-se e juntamente com outros prisioneiros a rastejar nu pelo chão para satisfação dos guardas americanos. Alguns dos iraquianos foram sujeitos a outra forma de tortura e humilhação, depois de despidos foram forçados a cobrir o corpo e a cara com fezes. Ao preso da primeira foto deste artigo, foi-lhe dito que apanharia uma enorme descarga eléctrica se ele se movesse de cima do caixote, tendo este estado naquela posição durante várias horas.


Comida Forçada


Esta forma de tortura como o próprio nome indica consistia simplesmente em forçar alguém a comer contra a sua vontade.








Normalmente é aplicada em prisioneiros que se encontram em greve de fome, mas também há registos de ter sido usada como método de tortura principalmente em campos de trabalho forçado na China, na Ex-URSS e mais recentemente em Guantanamo e na prisão de Abu Ghraib no Iraque. As forças norte-americanas neste país são acusadas de forçar os prisioneiros islâmicos a comer carne de porco e beber vinho, o que vai contra a sua religião







Queimaduras


Este tipo de tortura é muito utilizado um pouco por todo o mundo uma vez que os “instrumentos de tortura” são vulgares objectos do quotidiano. Ciagarros, isqueiros do automóvel, ferros de engomar podem-se transformar em poderosas formas de causar dor e forçar uma confissão.








Deixo aqui uma imagem de mais uma vítima dos Falun Gong que sofreu este tipo de tortura por várias vezes nas pernas, a imagem é forte:





Choques Eléctricos
 
Os instrumentos mais utilizados para torturar prisioneiros com choques eléctricos são os bastões eléctricos. Estes podem libertar uma descarga eléctrica até 300000 volts, e são usados nas partes mais sensíveis do corpo: boca, planta dos pés, nos genitais, nos peitos e no pescoço.








Por vezes vários bastões são utilizados ao mesmo tempo para torturar um prisioneiro, podendo ainda este ser molhado com água para intensificar a dor.






A pele quando exposta a choques fortíssimos acaba por se quimar e rasgar e a vítima sangra abundantemente das feridas inflingidas pelos choques.






Deixo aqui duas fotos de vítimas dos Falun Gong que sofreram a tortura por choques eléctricos (aviso que as imagens são potencialmente chocantes), a primeira sobreviveu a segunda não:





As imagens a seguir são muito fortes, se você for uma pessoa fraca, não olhe.




 
                                                                       Sem comentário





fonte:  http://tortura.wordpress.com/category/metodos-de-tortura-actuais/

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Fantasmas, assombrações, visões: existem mesmo?

Quem aceitaria o desafio de passar a noite sozinho num cemitério, após ter assistido a um filme de terror do tipo “O chamado”, “O exorcismo de Emily Rose”, “O grito”, etc.? E se alguém aceitasse, qual seria a provável consequência de tão corajoso ato? Realmente, não é a mesma coisa atravessar uma floresta de dia ou de noite... Falemos sobre um mecanismo inconsciente bastante comum: a “autosugestão”. Nos exemplos mencionados acima fica evidente que basta sugestionar nosso consciente para que, mesmo os mais incrédulos, se achem numa disposição provável, ou ao menos favorável, para atribuir qualquer impressão estranha a espíritos de mortos, assombrações, etc.








A autosugestão e a emoção que ela desencadeia psicológica e fisicamente são responsáveis por provocar nas pessoas mais sensíveis (os chamados “sensitivos”), algumas “visões” (projeções ou alucinações), de caráter meramente psicológico, ou até mesmo uma “reprodução”, para fora de si, de imagens ou ideias inconscientes, ou, raríssimas vezes, conscientes. Portanto, quem diz que viu um espírito, viu mesmo! Porém, isso não significa que foi o morto que apareceu. O que a pessoa vê é o que ela projeta à sua frente, através de mecanismos psicológicos ou de outros fenômenos naturais mais específicos, estudados pela parapsicologia: a “ectoplasmia” e a “ideoplastia”. Quando a suposta “aparição” é de fundo meramente psicológico, então basta uma simples terapia com um bom psicólogo para que o problema seja resolvido. Porém, quando se trata de um fenômeno que envolve elementos parapsicológicos, a questão se torna um pouco mais complexa. Vejamos, muito resumidamente, o que são esses fenômenos:






Ectoplasmia é um fenômeno pelo qual se formam figuras ou coisas através de uma energia condensada, chamada “ectoplasma”, emitida pelo corpo da própria pessoa que vê. Há também a ideoplastia, outro fenômeno em que o inconsciente molda o “ectoplasma” para a produção de imagens que ele tem. Podem ser imagens de partes do corpo (mãos pés, rostos, braços...) ou, mais raramente, de corpos inteiros de pessoas (ou até de animais). Trata-se, portanto, da “projeção visual ou reprodução ectoplasmática” de uma ideia. Quando há uma representação “inteira” da imagem do corpo de uma pessoa, então o fenômeno denomina-se “fantasmogênese”. Esse é o único fantasma possível de ser visto, os outros fantasmas “populares” são apenas crendices... Como vemos, não se trata de almas do além que voltam para nos assombrar, mas é a própria pessoa (sensitiva ou paranormal) que provoca os fenômenos a partir de seu estado psicológico ou até mesmo de suas energias psicossomáticas. Também mágicos ilusionistas profissionais conhecem técnicas para provocar tais fenômenos.






Para nós, cristãos, os espíritos dos mortos estão junto de Deus (“céu”), ou num estado de purificação para entrar na glória de Deus (“purgatório”), ou definitivamente longe de Deus (“inferno”). O Cristianismo sempre ensinou, sem margem para dúvidas, que nenhum espírito pode “voltar” a este mundo ou ficar “assombrando” por aí... A única “ligação” que nós temos com os mortos acontece por meio da oração a Deus, e é por isso que nós rezamos pelos nossos falecidos. Em Lucas 16,19-31, a palavra de Jesus sobre “visões de espíritos”, “fantasmas” ou “assombrações” é clara. Pedia o rico pela salvação dos seus irmãos: “...Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter!” (v.30). Mas o ensinamento de Jesus é firme: “... Há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós” (v.26).

Pesquisa revela que 1 em cada 3 americanos crê em fantasmas

Pesquisa revela que 1 em cada 3 americanos crê em fantasmas



Pesquisa pré-Halloween foi feita por agência de notícias nos Estados Unidos.


Os candidatos mais prováveis para ‘visitas’ de fantasmas são os solteiros e católicos.






Da AP


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Gary C. Knapp/AP


Misty Conrad (à direita) com a filha, Arial Conrad, de 16 anos e o filho Taylor Conrad, de 14 anos; a mãe já saiu de casa alugada após ver a filha conversar com uma menina invisível (Foto: Gary C. Knapp/AP)Sabe aquelas coisas que amedrontam as pessoas à noite? Cerca de um terço das pessoas acredita que poderiam ser fantasmas.










E cerca de uma em cada quatro pessoas (25%) diz já ter visto um fantasma ou sentido sua presença, verificou uma pesquisa pré-Halloween realizada pela agência de notícias "Associated Press" e Ipsos.










Durante a pesquisa, conduzida entre os dias 16 e 18 de outubro, foram feitas entrevistas por telefone com 1.013 adultos. A pesquisa tem uma margem de erro de 3.1 pontos percentuais para cima ou para baixo.










Uma dessas pessoas é Misty Conrad, que diz ter fugido de sua casa alugada em Syracuse, Indiana, após sua filha começar a conversar com uma menina invisível chamada Nicole e vizinhos contarem que crianças haviam sido assassinadas na casa. Isso aconteceu depois que a TV e as luzes começaram a ligar à noite.










“Isso te dá arrepios”, disse Conrad, 40 anos, de Hampton, Virginia. “Eu precisava tirar a gente de lá.”










Cerca de uma em cada cinco pessoas (19%) diz que acredita na existência de feitiços ou bruxarias. Cerca de metade (48%) dos entrevistados acredita em percepção extra-sensorial.


Os candidatos mais prováveis para visitas de fantasmas incluem pessoas solteiras, católicos e aquelas que nunca vão a celebrações religiosas. Mais liberais (31%) do que conservadores (18%) dizem ter visto uma assombração.











Aqueles que rejeitam a existência de fantasmas incluem Morris Swadener, de 66 anos, um aposentado da Marinha de Kingston, Washington.










Ele conta que atirou em um com seu rifle quando era criança. “Eu acordei no meio da noite e vi um fantasma branco em meu guarda-roupa”, contou ele. “Eu descobri que havia feito um furo em minha camiseta branca nova. Minha mãe e meu pai não ficaram contentes.”














Presença estranha


Três em cada dez pessoas acordaram sentindo uma presença estranha no quarto. Os solteiros estão mais propensos do que os casados a sentir essa presença estranha.










E 14% – a maioria homens e pessoas de baixa renda – dizem já ter visto um OVNI (objeto voador não identificado). E entre eles está Danny Eskanos, 44 anos, um advogado de Palm Harbor, Flórida, que afirma que, quando adolescente, no Colorado, viu uma luz brilhante movimentar-se rapidamente no céu, fazendo paradas e viradas abruptas.










“Eu conhecia um pouco aviões e helicópteros e não era o caso”, afirmou ele. “É uma dessas coisas que fica na sua cabeça.”














Bruxarias e superstições


Os feitiços e bruxarias estão entre as crenças de pessoas que vivem em cidades, minorias e pessoas de baixa renda. Aquelas que acreditam em percepção extra-sensorial têm maior chance de ter um alto grau de educação e serem brancas – 51% das pessoas com grau superior em comparação a 37 daquelas que concluíram o ensino médio ou menos; quase a mesma proporção em que brancos superavam as minorias.










No geral, a atual porcentagem (48%) de pessoas que acreditam em percepção extra-sensorial é inferior àquela registrada em uma pesquisa similar de 1996, da revista "Newsweek" (66%).










Uma em cada cinco pessoas afirma ser supersticiosa de alguma forma, com homens jovens, minorias e pessoas com menor grau de educação mais propensos a sair de seu caminho para buscar a sorte. Vinte e seis por cento das pessoas que vivem nas cidades – o dobro da taxa daquelas que vivem nas áreas rurais – dizem que são supersticiosas, enquanto que os homens solteiros são mais supersticiosos do que as mulheres solteiras –31% contra 17%.










Encontrar um trevo de quatro folhas é o sinal mais reconhecido para a superstição, sendo citado por 17% dos entrevistados. Treze por cento temem passar debaixo de uma escada ou o fato de o noivo ver a noiva antes do casamento. Uma porcentagem ligeiramente inferior cita gatos pretos, quebrar espelhos, abrir guarda-chuva em ambiente fechado, sexta-feira 13 ou o número 13.










No geral, as mulheres são mais supersticiosas do que os homens em relação a trevos de quatro folhas, quebrar espelhos ou noivos verem as noivas antes do casamento. Os democratas são mais supersticiosos do que os republicanos em relação a abrir guarda-chuva dentro de casa, enquanto os liberais são mais supersticiosos do que os conservadores em relação a trevos de quatro folhas, noivos verem as noivas e guarda-chuvas.










E há também pessoas como Jack Van Geldern, programador de computação de Riverside, Connecticut. Com 51 anos, Van Geldern está entre os 5% que dizem ter visto um monstro no guarda-roupa – ou em seu caso, a cara de um monstro na parede de seu quarto quando era criança.










“Foi tão assustador que eu não conseguia me mexer”, contou ele. “Não é preciso dizer que eu sobrevivi ao evento e nunca o vi novamente.”


Manifestações físicas espontâneas

fonte: O  Revista Espírita, março de 1860



Os fenômenos pelos quais os Espíritos podem manifestar sua presença são de duas naturezas, que se designam pelos nomes de manifestações físicas e de manifestações inteligentes. Pelas primeiras, os Espíritos atestam sua ação sobre a matéria; pelas segundas, eles revelam um pensamento mais ou menos elevado, segundo o grau de sua depuração. Umas e outras podem ser espontâneas ou provocadas. São provocadas quando são solicitadas pelo desejo, e obtidas com a ajuda de pessoas dotadas de uma aptidão especial, dito de outro modo, de médiuns. Elas são espontâneas quando ocorrem naturalmente, sem nenhuma participação da vontade e, freqüentemente, na ausência de todo conhecimento e mesmo de toda crença espírita. É a essa ordem que pertencem certos fenômenos que não podem se explicar pelas causas físicas ordinárias. Não é necessário, entretanto, como já dissemos, apressar-se em atribuir aos Espíritos tudo o que é insólito e tudo aquilo que não se compreende. Não poderíamos muito insistir sobre este ponto, a fim de colocar em guarda contra os efeitos da imaginação e, freqüentemente, do medo. Nós o repetimos, quando o fenômeno extraordinário se produz, o primeiro pensamento deve ser que há uma causa material, porque é a mais freqüente e mais provável, tais são sobretudo os ruídos, e mesmo certos movimentos de objetos. O que é necessário fazer, neste caso, é procurar a causa, e é mais que provável que se encontrará uma muito simples e muito vulgar. Dizemo-lo ainda, o verdadeiro, e por assim dizer o único sinal real de intervenção dos Espíritos, é o caráter intencional e inteligente do efeito produzido, então quando a impossibilidade de uma intervenção humana está perfeitamente demonstrada. Nessas condições, raciocinamos segundo este axioma de que todo efeito tem uma causa, e que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente, torna-se evidente que se a causa não está nos agentes ordinários de efeitos materiais, está fora desses mesmos agentes; que se a inteligência que atua não é uma inteligência humana, é necessário que ela esteja fora da humanidade. • Há, pois, inteligências extra humanas? - Isto parece provável; secretas coisas não são, e não podem ser, a obra de homens, é preciso que elas sejam a obra de alguém; ora, se esse alguém não for um homem, parece-nos que é preciso, de toda necessidade, que esteja fora da humanidade; se não se o vê, é necessário que seja invisível. É um raciocínio tão peremptório e tão fácil de compreender como aquele do senhor de La Falisse. - Quais são então essas inteligências? São as dos anjos ou dos demônios? E como inteligências invisíveis podem agir sobre a matéria visível? -- É o que sabem perfeitamente, aqueles que aprofundaram a ciência espírita, ciência que não se aprende mais que as outras num piscar de olhos, e que não podemos resumir em algumas linhas. Aqueles que fazem tal pergunta, colocaremos somente esta: Como vosso pensamento, que é imateríal, faz mover, à vontade, vosso corpo que é material? Pensamos que não devem ficar embaraçados para resolverem este problema, e que, se rejeitam a explicação dada pelo Espiritismo desse fenômeno tão vulgar, é que terão uma outra tão mais lógica a opor-lhe; mas, até o presente, não a conhecemos.







Vejamos os fatos que motivaram estas observações.






Vários jornais, e entre outros o Opinion Nationale, de 14 de fevereiro último, e o Journal de Rouende 12 do mesmo mês, narram o fato seguinte, segundo a Vigie de Dieppe. Eis o artigo ao Journal de Rouen:






"A Vigie de Dieppe contém a carta seguinte, que lhe endereçou seu correspondente de Grandes-Ventes. Já assinalamos, no nosso número de sexta-feira, uma parte dos fatos relatados hoje neste jornal; mas a emoção, excitada na comunidade por esses acontecimentos extraordinários, nos levou a dar os novos detalhes contidos nesta correspondência.






"Não riremos hoje de histórias, mais ou menos fantásticas, dos bons e velhos tempos, e de nossos dias. Os pretensos feiticeiros não estão precisamente em muito grande veneração. Não se crê mais nos Grandes-Ventes que alhures; mais, entretanto, nossos velhos preconceitos populares têm, ainda, alguns adeptos entre os bons camponeses, e a cena verdadeiramente extraordinária, que acabamos por testemunhar, é bem adequada para fortificar sua crença supersticiosa.






"Ontem de manhã, o senhor Goubert, um dos padeiros de nossa vila, seu pai, que lhe serve de obreiro, e um jovem aprendiz de dezesseis a dezessete anos, iam começar .seu trabalho normal, quando perceberam que vários objetos deixavam espontaneamente o lugar que lhes estava designado para se lançarem no batedor de massas. Foi assim' que tiveram que separar, sucessivamente, a farinha que trabalhavam de vários pedaços de carvão, de dois pesos de diferentes volumes, de um cachimbo e de uma vela. Apesar de sua extrema surpresa, continuaram sua tarefa, e tinham chegado a enrolar o pão quando, de repente, um pedaço de pá de dois quilos, escapando das mãos do jovem padeiro, lançou-se a uma distância de vários metros. Isso foi ali o prelúdio e como o sinal da mais estranha desordem. Eram, então, em torno de nove horas e, até o meio dia, foi positivamente impossível permanecer no forno e na adega contígua. Tudo foi transtornado, tombado e quebrado; o pão, lançado no meio da sala de trabalho, com os tabuleiros que os sustentavam, entre os detritos de toda sorte, foi completamente perdido; mais de trinta garrafas cheias de vinho se quebraram sucessivamente, e, enquanto o molinete da cisterna virava sozinho com uma velocidade extrema; os braseiros, as pás, os cavaletes e os pesos saltavam no ar e executavam evoluções do mais diabólico efeito.






"Pelo meio dia, o alarido cessou pouco a pouco, e algumas horas depois, quando tudo entrou em ordem e os utensílios foram recolocados, o chefe da casa pôde retomar seus trabalhos habituais.






"Este bizarro acontecimento causou ao senhor Goubert uma perda de pelo menos 100 francos."






A este mesmo relato, o Opinion nationale acrescentou as reflexões seguintes:






"Seria injustiçar nossos leitores, reproduzindo esta peça singular, sem convidá-los a se pôr em guarda contra os fatos sobrenaturais que ela relata. Eis, sabemos perfeitamente, uma história que não é de nossa época, e que poderá escandalizar mais que um dos sábios leitores da Vigie; mas, por inverossímil que pareça, ela não é menos verdadeira, e cem pessoas poderiam, se necessário, certificar-lhe a exatidão."






Confessamos não compreender muito as reflexões do jornalista que parece contradizer-se; de um lado, ele disse aos seus leitores pata se porem em guarda contra os fatos sobrenaturais que esta cana relata, e termina dizendo que "por inverossímil que pareça essa história, ela não é menos verdadeira, e que cem pessoas poderiam, se necessário, certificá-la." De duas coisas uma, ou ela é verdadeira, ou ela é falsa; se ela for falsa, tudo está dito; mas se for verdadeira, como atesta o Opinion nationale, o fato revela uma coisa bastante grave para merecer ser tratada com um pouco menos de leviandade. Coloquemos de lado a questão dos Espíritos, e não vejamos nisso senão um fenômeno físico; ele não é bastante extraordinário para merecer a atenção de observadores sérios? Que °s sábios se ponham, pois, à obra e, folheando nos arquivos da ciência, deles nos dêem uma explicação racional, irrefutável, explicando todas as circunstâncias. Se não o podem, é necessário convir que não conhecem todos os segredos da Natureza; e se somente a ciência espírita dá esta solução, é preciso optar entre a teoria que explica e a que não explica nada.






Quando os fatos desta natureza são relatadas, nosso primeiro cuidado, antes mesmo de nos indagarmos sobre a sua realidade, é examinar se são ou não possíveis, segundo o que conhecemos da teoria das manifestações espíritas. Citamos alguns deles, dos quais demonstramos a impossibilidade absoluta, notadamente a história que relatamos no nosso número de fevereiro de 1859, segundo o Journal dês Débats, sob o título de Meu amigo Hermann, e à qual certos pontos da doutrina espírita poderiam dar uma aparência de probabilidade. Sob este ponto de vista, os fenômenos que se passaram na casa do padeiro, perto do Dieppe, nada têm de mais extraordinários que muitos outros que foram perfeitamente averiguados e dos quais a ciência espírita dá a solução completa. Portanto, aos nossos olhos, se o fato não for verdadeiro, ele é possível. Pedimos a um dos nossos correspondentes de Dieppe, em quem temos toda a confiança, consentir em indagar da realidade. Eis o que nos respondeu:






"Posso hoje dar-vos todas as informações que desejais, tendo me informado em boa fonte. A narração feita na Vigie é a exata verdade; inútil relatar-lhe todos os fatos. Parece que vários homens de ciência vieram de muito longe para tomarem conhecimento destes fatos extraordinários, que não poderão explicar se não têm nenhuma noção da ciência espírita. Quanto às pessoas de nossos campos, estão desorientadas; uns dizem: São feiticeiros; os outros: é porque o cemitério mudou de lugar e se construiu em cima; e os mais malignos, aqueles que passam entre os seus por tudo conhecerem, sobretudo se foram militares, acabam por dizer: Minha fé! Não sei como isso pode acontecer, inútil vos dizer que não falta, em tudo isso, uma larga parte ao diabo. Para fazer compreender as pessoas do povo, todos esses fenômenos, seria necessário empreender iniciá-los na ciência espírita verdadeira; seria o único meio de destruir, entre eles, a crença nos feiticeiros e todas as idéias supersticiosas que por muito tempo ainda, serão os maiores obstáculos à sua moralização."






Terminaremos por uma última nota.






Ouvimos pessoas dizerem que não queriam se ocupar de Espiritismo com medo de atraírem os Espíritos, e de provocarem manifestações do gênero daquelas que acabamos de relatar.






Não conhecemos o padeiro Goubert, mas cremos poder afirmar que nem ele, nem seu filho, nem seu ajudante jamais se ocuparam com os Espíritos. Há mesmo a se notar que as manifestações espontâneas se produzem, de preferência, entre as pessoas que não têm nenhuma idéia do Espiritismo, prova evidente de que os Espíritos vêm sem serem chamados; dizemos mais, é que o conhecimento esclarecido desta ciência é o melhor meio de se preservar dos Espíritos inoportunos, porque ela indica a única maneira racional de afastá-los.






Nosso correspondente está perfeitamente na verdade, dizendo que o Espiritismo é um remédio contra a superstição. Com efeito, não é uma idéia supersticiosa crer que esses fenômenos estranhos se devem à mudança do cemitério? A superstição não consiste na crença de um fato, quando o fato é confirmado; mas na causa irracional atribuída a este fato. Ela está sobretudo na crença em pretensos meios de adivinhação, em efeitos de certas práticas, na virtude dos talismãs, nos dias e horas cabalísticos, etc., todas as coisas das quais o Espiritismo demonstra o absurdo e o ridículo.